domingo, maio 08, 2011


A gente sofre e dói
E nem por isso deixamos de lutar
E mostramos aos outros como se constrói
Uma existência firme como o luar

A gente chora
Às vezes um choro alegre
E por vezes só em orar
E quando é triste não há o que entregar

Nós dois sabemos o quanto somos bons
Tão puros que desconhecemos nossa força
Capaz de criar novos tons
E nos retirar de varias poças

E quantas vezes fomos tentados
Confundiram-nos para nos ver perder
Desconheciam nossos corações selados
E zombaram quando nos viram crer

Tentamos mostrar a beleza
Os outros tão preocupado
Esqueceram de viver
Enquanto nós almejávamos crescer

Hoje brilhamos de forma impar
É por isso que escrevi
Pra não deixar-te esquecer do mar
E nem das juras de amor que fiz a ti
“Enquanto viver serei para ti
Como a luz é para a sombra
E o meu é para o sal
Tão opostos que não há hipótese
De um não existir sem o outro
Te acompanharei como a floresta
Acompanha o rio até chegar ao mar
E quando fores te esperarei
Como uma mãe espera o retorno de um filho
Você não me ouvirá nos canto dos pássaros
E nem no assobio do vento
Mas sim a cada voz que canta o amor
A cada olhar
Porque meu amor será eterno
E sobreviverá a maior das pragas
Pra você serei seu mundo
E tudo que precisares que eu seja
Você me terá sem precisar pagar nada
Serei um escravo por escolha própria
E não aceito carta de alforria
Eu te servirei e farei de você meu céu
Meu chão e por que não meu ar
Por que por você tudo isso é possível
Só não foi possível não render-se a teu amor”

Atabirio Oliveira

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